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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Recém-nascidos com icterícia têm mais risco de autismo

O risco de autismo é maior para crianças que sofrem de icterícia nascidas entre outubro e março e de mães que já tiveram filhos

Recém-nascidos que sofrem de icterícia têm um risco maior de sofrer autismo, demonstra um estudo realizado na Universidade de Aarhus (Dinamarca) publicado na revista Pediatrics. Os cientistas detectaram que crianças nascidas na Dinamarca entre 1994 e 2004 e sofriam de icterícia, tinham uma chance 67% maior de desenvolver o autismo.


A icterícia do recém-nascido é provocada geralmente por uma produção excessiva de bilirrubina, uma substância produzida durante a destruição de glóbulos vermelhos pelo organismo. A doença faz com que a pele e os olhos fiquem amarelados. Os pesquisadores dinamarqueses descobriram que o risco de autismo é maior para crianças que sofrem de icterícia nascidas entre outubro e março e de mães que já tiveram filhos. Nesses casos, o risco chega a ser três vezes maior. Em crianças nascidas entre abril e setembro ou de mães que nunca tiveram filhos, os cientistas não encontraram nenhuma associação entre a as duas doenças.

Apesar de os dados estatísticos da pesquisa dinamarquesa mostrarem uma relação entre a icterícia e o autismo, os resultados do estudo não devem ser motivo de preocupação para os pais. "Os resultados precisam ser reproduzidos em outras partes do mundo", disse o neurologista americano Max Wiznitzer em entrevista à rede americana CNN. O médico afirma que é possível que existam fatores regionais que não se manifestariam em outros lugares.


No total, 60% das crianças recém-nascidas padecem de icterícia, e o fenômeno é reabsorvido naturalmente após algumas semanas, mas uma exposição prolongada a taxas elevadas de bilirrubina é neurotóxica e pode provocar problemas de desenvolvimento a longo prazo.















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