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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Simplesmente Fantástico,Parabéns!!

Aconteceu numa grande empresa aéria pessoal, é verídico !!!

Uma mulher branca, de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar

na classe econômica e viu que estava ao lado de um passageiro negro.
Visivelmente perturbada, chamou a comissária de bordo.

'Qual o problema, senhora?', pergunta a comissária..

'Não está vendo?' - respondeu a senhora - 'vocês me colocaram ao lado de um negro. Não posso ficar aqui. Você precisa me dar outra cadeira'

'Por favor, acalme-se' - disse a aeromoça - 'infelizmente, todos os lugares estão ocupados. Porém, vou ver se ainda temos algum disponível'.

A comissária se afasta e volta alguns minutos depois.


'Senhora, como eu disse, não há nenhum outro lugar livre na classe
econômica. Falei com o comandante e ele confirmou que não temos mais nenhum lugar na classe econômica. Temos apenas um lugar na primeira classe'.

E antes que a mulher fizesse algum comentário, a comissária continua:

'Veja, é incomum que a nossa companhia permita à um passageiro da classe econômica se assentar na primeira classe. Porém, tendo em vista as circunstâncias, o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa desagradável'.

E, dirigindo-se ao senhor negro, a comissária prosseguiu:
'Portanto senhor, caso queira, por favor, pegue a sua bagagem de mão, pois reservamos para o senhor um lugar na primeira classe...'

E todos os passageiros próximos, que, estupefatos assistiam à cena, começaram a aplaudir, alguns de pé.


'O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons...'


"Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, ainda haverá guerra."
(Bob Marley)

"Não se mede o valor de um homem pelas suas roupas ou pelos bens que possui, o verdadeiro valor do homem é o seu caratér, suas idéias e a nobreza de seus ideais"

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Pedagoga tenta sequestrar criança especial

Miriam Vitor Lopes, 35 anos, foi indiciada por extorsão ao ameaçar sequestrar criança especial filha de um conhecido clínico-geral de Campo Mourão. A pedagoga encaminhou cartas anônimas ao médico exigindo dinheiro para não sequestrar o garoto autista.
Lopes trabalhava para a família. Ela cuidava do garoto diariamente. O caso foi descoberto depois de investigações, que tiveram comprovações por gravações autorizadas pela Justiça. Na casa do namorado da pedagoga, policiais localizaram o computador em que ela teria escrito as cartas com ameaças. Miriam Lopes cobrava mais de R$ 50 mil para não sequestrar a criança. "Ela confessou o crime e mesmo sem o sequestro consumado, cometeu o crime ao mandar as cartas, independente se ela recebeu o dinheiro ou não", disse o delegado-chefe da 17ª, José Aparecido Jacovós.

O inquérito ainda não foi concluído. A Polícia tenta identificar outras pessoas envolvidas no crime. "Estamos investigando participação de outras pessoas. Deve ter envolvimento de mais alguém", afirmou.

Mirian Lopes foi liberada depois de prestar depoimento. O delegado deve pedir a prisão preventiva da pedagoga. Além de trabalhar na casa do clinico-geral, a educado também trabalho em um creche municipal de Campo Mourão.

Convite Palestra

Tema: Análise do comportamento – ABA


Com a Terapeuta Érica Lacerda
Dia: 26/02/11 às 14:00
Local: APADEM- Av: Beira-rio,413- Voldac- Volta Redonda- RJ
Tel: 24 33373683
Email: apademvr@gmail.com

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS NA INFÂNCIA

O pensar, a capacidade de utilizar uma linguagem escrita, falada ou ainda de experimentar sentimentos não nascem com a criança, estando profundamente relacionados a seu desenvolvimento.
Desde o nascimento, o bebê vai tendo experiências na relação com a mãe ou com quem o cuida que lhe vão permitindo, de forma rudimentar, classificar "o que é igual ou diferente". Ao cuidar do bebê, a mãe deverá ser capaz de "traduzir", à sua maneira, as necessidades do mesmo. Os gestos ou tipos de cuidados fazem com que o bebê aprenda a discriminar as suas sensações do ambiente externo. Dessa maneira, é de suma importância que o cuidador tolere sensivelmente o desconforto do bebê, administrando os cuidados necessários afetivamente, para que dessa maneira a criança construa uma integrada condição emocional.
Existem, entretanto, transtornos psiquiátricos que podem ocorrer no desenvolvimento da criança, os quais examinaremos a seguir e que são:


Transtornos da aprendizagem, transtornos das habilidades motoras e transtornos da comunicação (linguagem)

Os transtornos da aprendizagem referem-se a dificuldades na leitura, na capacidade matemática ou nas habilidades de escrita, medidas por testes padrões que estão substancialmente abaixo do esperado, considerando-se a idade da criança, seu quociente de inteligência (QI ) e grau de escolaridade.
No transtorno das habilidades motoras, o desempenho em atividades diárias que exigem coordenação motora está abaixo do esperado para a idade, como por exemplo atraso para sentar, engatinhar, caminhar, deixar cair coisas, fraco desempenho nos esportes ou caligrafia insatisfatória. Muitas vezes essa criança é vista como desajeitada, tropeçando com freqüência ou inábil para abotoar suas roupas ou amarrar os cadarços do sapato.
Nos transtornos da comunicação a perturbação pode manifestar-se por sintomas que incluem um vocabulário limitado, erros grosseiros na conjugação de verbos, dificuldade para evocar palavras ou produzir frases condizentes com sua idade cronológica. Os problemas de linguagem também podem ser causados por perturbações na capacidade de articular sons ou palavras.
Não é raro a presença de mais de um desses transtornos de aprendizagem em uma mesma criança, muitas vezes estando associados com o transtorno de hiperatividade e déficit de atenção. O tratamento das dificuldades de aprendizagem inclui muitas vezes reforço escolar, tratamento psicopedagógico ou até mesmo encaminhamentos para escolas especiais, dependendo da gravidade do problema. A baixa auto-estima, a repetência escolar e o abandono da escola são complicações comuns nesses transtornos. Assim, a abordagem psicopedagógica e o aconselhamento escolar são cruciais. Pode estar indicada também tanto a psicoterapia individual quanto a de grupo ou familiar, conforme a situação. O tratamento com medicação está indicado apenas em casos comprovadamente associados a transtornos que exijam o uso de remédios, como o TDAH e quadros graves de depressão e fobia escolar.

Transtorno do déficit de atenção-hiperatividade


As crianças com esse transtorno são consideradas, com freqüência, crianças com um temperamento difícil. Elas prestam atenção a vários estímulos, não conseguindo se concentrar em uma tarefa única e, assim, cometendo erros muitas vezes grosseiros. É comum terem dificuldade para manter a atenção, mesmo em atividades lúdicas e com freqüência parecem não escutar quando chamadas. Muitas vezes não conseguem terminar seus deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais. Têm dificuldade para organizar tarefas, evitando, antipatizando ou relutando em envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante. Costumam perder facilmente objetos de uso pessoal. Esquecem facilmente atividades diárias.
A hiperatividade aparece como uma inquietação, manifesta por agitação de mãos ou pés e não conseguir permanecer parado na cadeira. São crianças que quase sempre saem de seus lugares em momentos não apropriados, correm em demasia, têm dificuldade de permanecer em silêncio, estando freqüentemente "a mil".
Outra característica desse transtorno é a impulsividade, que aparece em respostas precipitadas mesmo antes de as perguntas terem sido completadas. Com freqüência, são crianças que têm dificuldade de aguardar sua vez, interrompendo ou intrometendo-se em assuntos alheios.
O transtorno deve ser diagnosticado e tratado ainda na infância para não causar maiores prejuízos ao desenvolvimento interpessoal e escolar da criança. O tratamento inclui psicoterapia individual e, às vezes, terapia familiar. Quase sempre faz-se necessário o uso de medicação com um resultado muito satisfatório.

Transtornos do Comportamento Disruptivo

Os transtornos da infância diretamente relacionados com o comportamento são os transtornos de oposição e desafio e o transtorno de conduta. São caracterizados por um padrão repetitivo e persistente de comportamento agressivo, desafiador, indo contra as regras de convivência social. Tal comportamento deve ser suficientemente grave, sendo diferente de travessuras infantis ou rebeldia "normal" da adolescência. O Transtorno de oposição e desafio (TOD) tem maior incidência na faixa etária dos 4 aos 12 anos e atinge mais meninos que meninas. Tem como característica um comportamento opositor às normas, discute com adultos, perde o controle, fica aborrecido facilmente e aborrece aos outros.
No Transtorno de Conduta, que é mais comum entre adolescentes do que crianças e é mais comum também entre meninos, o padrão disfuncional de comportamento é mais grave que no Transtorno de oposição e desafio. Eles freqüentemente agridem pessoas e animais, envolvem-se em brigas, em destruição de propriedade alheia, furtos ou ainda agressão sexual. Sérias violações de regras, como fugir de casa, não comparecimento sistemático à aula e enfrentamento desafiador e hostil com os pais também são sinais da doença. Esse transtorno está freqüentemente associado à ambientes psicossociais adversos, tais como: instabilidade familiar, abuso físico ou sexual, violência familiar, alcoolismo e sinais de severa perturbação dos pais.
A comorbidade desses transtornos com o abuso de substâncias e TDAH chega a quase 50%. O tratamento dos transtornos de oposição e de conduta envolve principalmente psicoterapia individual e familiar, e às vezes reclusão em unidades corretivas. O tratamento das comorbidades é fundamental e pode necessitar de medicação (nos casos de TDAH) ou até internação (em quadros graves de dependência química).

nTranstornos Depressivos a Infância

O reconhecimento de transtornos depressivos na infância ocorreu no final da década de 60. Surgiram então três conceitos:

sintomas depressivos análogos aos dos adultos não existem;
a depressão manifesta-se por sintomas específicos nessa faixa etária;
a sintomatologia depressiva surge mascarada por outros sintomas ou síndromes,
tais como hiperatividade, enurese, encoprese, déficit de aprendizagem e transtorno de conduta.

Transtornos depressivos ocorrem tanto em meninos quanto em meninas. Os sintomas de depressão podem ser : isolamento, calma excessiva, agitação, condutas auto e hetero-agressivas, intensa busca afetiva, alternando atitudes prestativas com recusas de relacionamento. A socialização está geralmente perturbada: pode haver recusa em brincar com outras crianças e dificuldade para aquisição de habilidades. As queixas somáticas são freqüentes: dificuldade do sono (despertar noturno, sonolência diurna), alteração do padrão alimentar. Queixas de falta de ar, dores de cabeça e no estômago, problemas intestinais e suor frio também são freqüentes.
A criança deprimida apresenta incapacidade para divertir-se, algumas vezes queixando-se de estar aborrecida. Assistem muita televisão não se importando qual seja o programa. A baixa auto-estima e a culpa excessiva, além da diminuição do rendimento escolar são característicos da depressão. Apresentam também muita irritabilidade, sendo descritas pelos pais como mal humoradas.
Os transtornos depressivos da infância podem ser classificados em duas formas bem distintas. A primeira delas, a distimia que, etmológicamente significa "mal-humorado", é uma forma crônica de depressão com início insidioso, podendo durar toda a vida da pessoa. Para firmar este diagnóstico é preciso que o humor seja depressivo ou irritável e esteja presente quase todos os dias por pelo menos um ano.
A outra forma de depressão, transtorno depressivo maior é caracterizada por períodos ou crises apresentando uma síndrome depressiva completa (todos os sintomas descritos anteriormente) por pelo menos duas semanas, causando importantes prejuízos na vida da criança. Podem estar presentes alucinações, ideação ou condutas suicidas. Essa crise é nitidamente diferente do funcionamento habitual da criança.
Os transtornos depressivos são bastante tratáveis hoje em dia, obtendo-se bons resultados. Pais que desconfiem que um filho sofra desse mal devem levá-lo a um psiquiatra ou serviço de psiquiatria para uma avaliação. O tratamento utiliza medicações antidepressivas e acompanhamento psicológico. Internações são necessárias em duas situações: quando o paciente fica psicótico (fora da realidade), o que é raro, ou quando existe risco de suicídio.

Transtornos Globais do Desenvolvimento (Autismo Infantil)


Esse grupo de transtornos é caracterizado por severas anormalidades nas interações sociais recíprocas, nos padrões de comunicação estereotipados e repetitivos, além de um estreitamento nos interesses e atividades da criança. Costumam se manifestar nos primeiros cinco anos de vida . Existem várias formas de apresentação dos transtornos globais, não havendo até o presente momento um consenso quanto à forma de classificá-los.
A forma mais conhecida é o Autismo Infantil, definido por um desenvolvimento anormal que se manifesta antes dos três anos de vida, não havendo em geral um período prévio de desenvolvimento inequivocamente normal. As crianças com transtorno autista podem ter alto ou baixo nível de funcionamento, dependendo do QI, da capacidade de comunicação e do grau de severidade nos seguintes itens:
prejuízo acentuado no contato visual direto, na expressão facial, posturas corporais e outros gestos necessários para comunicar-se com outras pessoas.
fracasso para desenvolver relacionamentos com outras crianças, ou até mesmo com seus pais.
falta de tentativa espontânea de compartilhar prazer, interesses ou realizações com outras pessoas (por exemplo: não mostrar, trazer ou apontar objetos de interesse ).
atraso ou ausência total da fala ( não acompanhado por uma tentativa para compensar através de modos alternativos de comunicação, tais como gestos ou mímicas ).
em crianças com fala adequada, acentuado prejuízo na capacidade de iniciar ou manter uma conversa.
uso repetitivo de mesmas palavras ou sons.
ausência de jogos ou brincadeiras variadas de acordo com a idade.
a criança parece adotar uma rotina ou ritual específico em seu ambiente, com extrema dificuldade e sofrimento quando tem que abrir mão da mesma.
movimentos repetitivos ou complexos do corpo.
preocupação persistente com partes de objetos.
Outras formas de transtornos globais do desenvolvimento são:

Autismo atípico,
Síndrome de Rett,
Transtorno desintegrativo da infância,
Síndrome de Asperger.
O tratamento do transtorno autista visa principalmente uma educação especial com estimulação precoce da criança. A terapia de apoio familiar é muito importante: os pais devem saber que a doença não resulta de uma criação incorreta e necessitam de orientações para aprenderem a lidar com a criança e seus irmãos. Muitas vezes se faz necessário o uso de medicações para controlar comportamentos não apropriados e agressivos. O prognóstico destes transtornos é muito reservado e costumam deixar importantes seqüelas ou falhas no desenvolvimento dessas pessoas na idade adulta.

Transtornos de Tique

A manifestação predominante nessas síndromes é alguma forma de tique. Um tique é uma produção vocal ou movimento motor involuntário, rápido, recorrente (repetido) e não rítmico (usualmente envolvendo grupos musculares circunscritos), sem propósito aparente e que tem um início súbito. Os tiques motores e vocais podem ser simples ou complexos. Os tiques simples em geral são os primeiros a aparecer. Podem ser:
tiques motores simples: piscar os olhos, balançar a cabeça, fazer caretas.
tiques vocais simples: tossir, pigarrear, fungar.
tiques motores complexos: bater-se, saltar.
tique vocal complexo: coprolalia (uso de termos chulos), palilalia (repetição das próprias palavras), ecolalia (repetição de palavras alheias).
O tratamento requer medicação e psicoterapia, principalmente para diminuir o isolamento social que comumente ocorre nesse transtorno.

Transtornos da Excreção

Esse transtorno inclui a enurese e a encoprese . A enurese é caracterizada por eliminação de urina de dia e/ou a noite, a qual é anormal em relação à idade da criança e não decorrente de nenhuma patologia orgânica. A enurese pode estar presente desde o nascimento ou pode surgir seguindo-se a um período de controle vesical adquirido. A enurese não costuma ser diagnosticada antes da criança completar cinco anos de idade e requer, para ser caracterizada, uma freqüência de duas vezes por semana, por pelo menos três meses.
A encoprese é a evacuação repetida de fezes em locais inadequados (roupas ou chão), involuntária ou intencional. Para se fazer o diagnóstico é preciso que esse sintoma ocorra pelo menos uma vez por mês, por no mínimo três meses em crianças com mais de quatro anos. Ambas patologias podem ocorrer pelo nascimento de um irmão, separação dos pais ou outro evento que possa traumatizar a criança. A encoprese deliberada pode significar grave comprometimento emocional. Ambas podem durar anos, mas acabam evoluindo para uma remissão espontânea. Esses transtornos comumente geram intenso sofrimento na criança, levando a uma estigmatização, com conseqüente baixa da auto-estima. Geram também isolamento social e perturbações no ambiente e nas relações familiares.
O tratamento abrange psicoterapia e utilização de medicamentos.
Transtornos de Ansiedade na Infância

A ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo e apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivados de uma antecipação de perigos. As crianças em geral não reconhecem quando seus medos são exagerados ou irracionais. Uma maneira prática de diferenciar ansiedade normal de ansiedade patológica é avaliar se a reação ansiosa é de curta duração, auto limitada e relacionada ao estímulo do momento. Os sintomas de ansiedade podem ocorrer em varias outras condições psiquiátricas tais como: depressões, psicoses, transtornos do desenvolvimento, transtorno hipercinético, entre outros. A causa dos transtornos ansiosos infantís é muitas vezes desconhecida e provavelmente multifatorial, incluindo fatores hereditários e ambientais diversos, com o peso relativo de cada fator variando de caso a caso.

Transtorno da Ansiedade de Separação

Esse é o mais comum dos transtornos de ansiedade, acometendo 4% das crianças. Caracteriza-se por uma ansiedade não apropriada e excessiva em relação à separação do lar (pais) ou de figuras importantes cuidadoras para a criança, inadequada para a fase do desenvolvimento da criança. Essas crianças, quando ficam sozinhas, temem que algo possa acontecer para elas ou para seus cuidadores (acidentes, seqüestro, assaltos, ou doenças) que os afastem definitivamente de si. Demonstram um comportamento excessivo de apego aos seus cuidadores, não permitindo o afastamento desses ou telefonando repetidamente para eles afim de tranqüilizar-se sobre seus temores. É comum nessas crianças a ocorrência de recusa escolar. Se a criança sabe que seus pais vão se ausentar apresenta manifestações somáticas de ansiedade (dor abdominal, dor de cabeça, náusea, vômitos, palpitações, tonturas e sensação de desmaio). Em muitos casos de crianças afetadas os pais foram ou são portadores de algum transtorno de ansiedade.
A perturbação tem uma duração mínima de quatro semanas e causa sofrimento significativo no funcionamento da vida da criança.
O tratamento requer psicoterapia individual com orientação familiar e intervenções farmacológicas quando os sintomas são graves e incapacitantes. Quando há recusa escolar, o retorno às aulas deve ser o mais rápido possível para evitar cronicidade e evasão. É muito importante haver uma sintonia entre pais, escola e terapeuta.

Fobias específicas e Fobia social

As fobias específicas são definidas pela presença de medo excessivo e persistente, relacionado a um determinado objeto ou situação. Exposta ao estímulo fóbico, a criança procura correr para perto de um dos pais ou de alguém que a faça sentir-se protegida. Pode apresentar crises de choro, desespero, imobilidade, agitação psicomotora ou até mesmo ataque de pânico. Os medo mais comuns na infância são de pequenos animais, injeções, escuridão, altura e ruídos intensos. Essas fobias diferenciam-se dos medos normais da infância por serem reações excessivas, não adaptativas e que fogem do controle da criança.
Na fobia social a criança apresenta um medo persistente e intenso de situações onde julga estar exposta à avaliação de outros , tendendo a sentir-se envergonhada ou humilhada. Essas crianças relatam desconforto em situações como :
falar em sala de aula,
comer junto a outras crianças,
ir a festas,
escrever na frente de outros colegas,
usar banheiros públicos.
Quando expostas a essas situações é comum apresentarem sintomas físicos como palpitações, tremores, calafrios, calores, sudorese e náusea.
O tratamento mais utilizado para essas fobias tem sido a psicoterapia cognitivo-comportamental.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

CURSO

O Processamento Auditivo Central e as Dificuldades de Aprendizagem

Público-alvo: Profissionais e interessados.

                    Mediadoras

                    Luciana Reis
                    Fonoaudióloga
                   Vanessa Machado
                   Psicopedagoga

Data: 26 de Março - Sábado (9h às 17h)

           Investimento:

  Até o dia 28/02 - 130,00
 Após o dia 28/02 - 150,00
 No dia - 170,00

Vagas Limitadas!

Turma em formação: Março/2011

Local: Centro de Fonoaudiologia - Recreio -RJ
Informações:
9821-9158
vlm.psico@yahoo.com.br

CURSO: FORMAÇÃO EM CURRÍCULO FUNCIONAL NATURAL: APRENDER PARA A VIDA.

Data: 09 DE Abril de 2011


Horário: 8:30 às 17:00hs
Local: Salão de Eventos da Casa Transitória André Luiz
Endereço: Avenida Américo de Carvalho 379-Jardim Europa- Sorocaba-SP

Investimento: R$ 100,00
Grupos acima de 5 pessoas R$ 80,00 cada

Com Certificado !

Informações e reservas : 15- 32211321- cel :15- 91356142.

Emails : cmspiazzi@uo.com.br com Clara

andrealungwitz@yahoo.com.br com Andrea

Inscrições somente via depósito bancário

BANCO HSBC

AGÊNCIA: 0226

CONTA CORRENTE: 02374-22


BANCO REAL

AGÊNCIA : 0965

CONTA CORRENTE: 9010639-6

Após o pagamento enviar comprovante via email e/ou Fax 15- 32171230

INSCRIÇÕES ABERTAS - VAGAS LIMITADAS!!!!

                                       ABORDAGEM DOS TEMAS:


Um novo olhar para a Educação Especial
Abordagem Ecológica em Educação Especial: fundamentos básicos para o currículo
Os desafios da escola contemporânea
O ser humano biopsicosocial cognitivo cultural
Educação da consciência x instrução da inteligência
Educação para a vida funcional
O planejamento educacional individualizado
Procedimentos e estratégias de ensino na abordagem ecológica


                                                         PALESTRANTE

Professora Especialista : Adriana Helena Bueno Vieira

Graduada em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, com especialização em Psicopedagogia pela Universidade do Estado de Minas Gerais. Especialização em Educação Inclusiva pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Especialização em Neurociência pela Universidade Federal de Minas Gerais. Formação no Currículo Funcional Natural pelo Centro Ann Sullivan Del Peru. Formação no Programa TEACCH pela University of North Carolin – Chappel Hill – USA . Atualmente é Diretora do Complexo Educacional AMEDUCA - Uberlândia. Consultora Educacional do Centro de Educação Especial Essencial – Belo Horizonte/Minas Gerais. Consultora Educacional da APAE de Belo Horizonte. Possui experiência na área da Educação, com ênfase em Educação Especial , atuando principalmente nos seguintes temas: aprendizagem, avaliação da leitura e escrita, avaliação de habilidades cognitivas e metacognitivas, programas de intervenção, transtornos globais do desenvolvimento, deficiência intelectual, distúrbio de aprendizagem e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade.

PÚBLICO ALVO - Pedagogos, Coordenadores, Diretores, Monitores, Psicólogos, Fonoaudiólogos , Fisioterapeutas, Terapeuta Ocupacional, Pais, Estudantes Universitários e Áreas afins.

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Testosterona afeta empatia e pode ser causa do autismo

Pesquisadores da Alemanha e do Reino Unido descobriram que o hormônio masculino testosterona interfere com a empatia da pessoa em relação a outras. O estudo, que está na publicação PNAS, traz mais evidência para a teoria de que o hormônio é significativo para o desenvolvimento do autismo, transtorno que é muito mais comum em meninos do que em meninas. No estudo noticiado pela BBC, os cientistas deram pequenas doses de testosterona para 16 voluntárias mulheres, que ficaram menos capazes de julgar o humor ou as expressões faciais de outras pessoas. A capacidade de empatia é uma das mais afetadas pelo autismo.

O autismo é um transtorno que afeta de várias maneiras a habilidade das crianças e de adultos de se comunicar e interagir socialmente. Enquanto vários genes ligados à condição já foram encontrados, a combinação exata de genética e outros fatores ambientais ainda não é clara. O último estudo testa a ideia de que o transtorno pode ser o resultado de um cérebro "extremamente masculino", talvez comprometido por ter sido exposto a hormônios sexuais masculinos durante o desenvolvimento do cérebro no útero.
As mulheres costumam ir melhor do que homens em testes comuns de "leitura da mente", em que as pessoas analisam fotos de rostos para tentar adivinhar qual o humor da pessoa fotografada. No entanto, a dose extra de testosterona causou uma redução significativa nessa vantagem feminina durante o teste.
Há várias diferenças físicas entre homens e mulheres, obviamente. Por exemplo, a diferença de tamanho entre o dedo indicador e o anelar. Homens costumam ter o dedo indicador mais curto do que o anelar, enquanto para mulheres é mais comum ter os dois do mesmo tamanho ou o indicador mais longo. Acredita-se que essas diferenças são causadas pela diferente exposição a níveis de testosterona durante a gestação.
No novo teste, as mulheres que tinham menos empatia, apesar da dose extra de hormônios, já tinham os dedos com características mais masculinas. "Isso contribui para o nosso conhecimento do quanto pequenas diferenças hormonais podem ter um efeito enorme na mente", diz o pesquisador Simon Baron-Cohen.
A pesquisa não traz todas as respostas sobre as origens do autismo, então as descobertas ainda precisam ser vistas com cautela.

reportagem é muito importante para todos já que o assunto é: a relação entre Teoria da mente e Linguagem

Estudo desenvolvido com surdos mostra que aqueles que não usam língua de sinais formal não compreendem números grandes. Uma nova pesquisa realizada com pessoas surdas na Nicarágua mostrou que a linguagem pode desempenhar um papel importante na aprendizagem dos significados dos números, de acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Chicago e publicada na última edição da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Estudos de campo apontaram que pessoas surdas na Nicarágua, que não tinha aprendido a língua de sinais formal, não têm uma compreensão completa de números maiores que três.
Os pesquisadores suspeitaram que a falta de compreensão de um número grande ocorria devido ao fato de que os nicaraguenses surdos não estavam aprendendo números ou os nomes dos números. Em vez disso, aprenderam a se comunicar com gestos que eles próprios haviam
desenvolvido, chamados "sinais familiares", uma linguagem desenvolvida na ausência de educação formal e da exposição à língua de sinais formal.

"A pesquisa não determina quais os aspectos da língua estão relacionados, mas sugere que a linguagem é um ponto importante na aquisição da lógica numeral", disse Betty Tuller, uma diretora do programa na Divisão de Comportamento e Ciências Cognitivas da National
Science Foundation, que financiou a pesquisa.
Enquanto as pessoas que usam sinais familiares têm gestos para o número, esses gestos são usados com precisão para apenas números pequenos - inferiores a três - e não para os grandes. Em contrapartida, os surdos que adquirem línguas de sinais
convencionais aprendem os valores dos grandes números, porque eles aprendem uma rotina de contagem na infância, assim como fazem as crianças que aprendem línguas faladas.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

descoberta da descoberta

Imagine-se sendo a mãe de uma criança que não está agindo normalmente e ser informado pelo seu médico que seu filho tem autismo , e em busca de outras opiniões você se depara com vários diagnósticos diferentes mais em todos lhe informam que não há nenhuma causa conhecida, e não há nenhum tratamento conhecido, exceto, talvez, algumas terapias comportamentais. É exatamente nesse dilema que eu venho vivendo... Meu filho hoje tem 3 anos e 3 meses ele não se comunica verbalmente ( mais tem seu próprio linguajar que não entendemos nada mais agi como se estivesse de fato numa conversa de igual pra igual) , em algum momentos desconexão e comportamentos repetitivos ( bater de pé no chão todo o tempo, agitar as mãos, ficar vesgo, abrir a geladeira todo o tempo que a vê fechada...) , agressividade, intolerância a palavra Não ( o que ele quer tem que ser hora e do jeito que ele estabelece) , alinha enlatados etc... Até onde venho lendo são alguns sintomas de autismo.

Enquanto não temos todas as respostas, e mais pesquisas são necessárias para identificar e validar as causas e tratamento do autismo, há novos sinais de esperança. Um estudo recém-publicado noThe Journal of American Medical Association por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Davis chamado " disfunção mitocondrial em Autismo ", descobriu uma grave e profunda subjacentes biológicas do autismo - um prejuízo adquirido da capacidade de produzir energia nas células, os danos à mitocôndria (as fábricas de energia em suas células), e um aumento do estresse oxidativo (a mesma reação química que faz com que os carros à ferrugem, as maçãs que ficam marrons de gordura, para se tornar rançoso e pele para rugas). Estes distúrbios no metabolismo energético não eram devidas a mutações genéticas, o que é visto freqüentemente em problemas da mitocôndria, mas uma condição das crianças estudadas adquirida no útero ou após o nascimento.
Mesmo diante das novas esperanças fico eu como uma boba e sendo orientada a procurar também ajuda medica (psicólogo) mais na verdade é apenas minha ansiedade que grita dentro de mim por uma simples resposta rápida e lógica. Hoje não consigo mais ver meu filho de maneira diferente aceito e entendo suas dificuldades e mesmo tentando entender melhor o seu mundo me perco com sua liberdade e me limito em muitos momentos e me questionar mais do que eu questiono.
Quando digo que aceito não quero dizer que ele não tem todo um acompanhamento médicos e terapeutas, digo que aceito por que vejo suas diferenças e não me lamento ou questiono nem a medicina muito menos a Deus...


Mais confesso que não é fácil ver meu filho acordar (como fez hoje) as 5:30 da manha gritando, chorando e sentado batendo a cabeça na parede sem dizer o que esta acontecendo, nem o que o incomodou, nem o por que está fazendo aquilo, como eu posso ajudar em fim... me resta conter minha frustração e tristeza e tentar entendê-lo e acalmá-lo fazendo o que a mim é possível oferecer chocolate quente, depois água, depois beijo, colo, e por fim deitá-lo e me sentar junto dele intercalando entre um cafuné e uma bela massagem nos pés enquanto canto baixinho.
Não que seja tudo um diagnostico por que o único diagnostico ao certo que tenho é que ele é meu filho e eu o amo incondicionalmente, mais um diagnostico médico logo (sem tantos contratempo) pudesse fazer alguma diferença em seu aprendizado.
É bem difícil em alguns momentos e nos outros não é fácil (risos kkkk) , mais não é difícil o bastante que me faça desistir ou expor ele a ironias e comparações... os questionamentos irão existir e sua missão vai prosseguir e a minha é aprender com ele cada dia que o amor e em seus pequenos gestos são grandes analgésicos acreditem.

Beijos no coração de todos vocês

Brasileiro conta como estudo sobre autismo levou ao das origens da inteligência

O que aconteceria com um macaco que recebesse o implante de genes humanos supostamente relacionados à inteligência? Se o animal ganhasse algum grau de consciência, ele passaria a ter, ao menos em parte, os direitos legais de uma pessoa?

Perguntas que parecem coisa de ficção científica podem agora forçar um debate na comunidade científica, graças ao trabalho do biólogo paulista Alysson Muotri.


"Isso vai ter de passar por comitês de ética em pesquisa, porque a gente quer realmente partir por aí", afirma o cientista, professor da UCSD (Universidade da Califórnia em San Diego).

Muotri ganhou notoriedade recentemente ao publicar trabalhos sobre autismo, nos quais conseguiu reproduzir o comportamento dos neurônios de crianças portadoras de uma forma da doença.
A técnica usada por ele --a das células iPS, que permite transformar amostras de pele em neurônios-- abriu também uma avenida para enfrentar uma questão mais conceitual. Em entrevista à Folha, o cientista conta como investigar o autismo desembocou no estudo das origens da inteligência.

Folha - A sua pesquisa indica que a genética praticamente determina o futuro das células das crianças autistas. Essa evidência não vai desagradar os que propõem causas ambientais para a doença?
Alysson Muotri - É uma forte evidência, mas ela não exclui fatores ambientais. Agora, isso vem confirmar o que a maioria dos cientistas diz hoje: as doenças do espectro do autismo são praticamente 90% de origem genética.
Já existem mais de 300 genes relacionados com o autismo, e até a gente entender como esses genes contribuem para um mesmo fenótipo [característica], vai ser complicado. O genoma é complexo, e não vai ser uma ou outra alteração sozinha que vai provocar a doença.
Mas, trabalhando com a célula iPS, a gente consegue capturar o genoma inteiro da célula do paciente nesse estado pluripotente [primitivo] e aí diferenciá-la em neurônio. Então, não importa muito qual é o gene ou quais são os genes envolvidos. A gente tem o produto final, que é o neurônio com problemas.
O sr. levou seis cientistas brasileiros com carreiras promissoras para trabalhar nos EUA e hoje diz que a fuga de cérebros é uma "ilusão patriótica". A saída de bons cientistas do país não pode prejudicar a pesquisa nacional?

Para algumas pessoas, o real patriotismo é abandonar as melhores condições de trabalho que você tem no exterior e voltar ao Brasil. Alguns dizem "vem aqui sofrer com a gente, vamos juntos tentar melhorar este país".
Quando chegou um momento na minha carreira aqui em San Diego em que eu tive que tomar uma decisão, o que veio na minha cabeça foi uma pergunta: o que eu sei fazer de melhor? Se a minha resposta fosse "formação de pessoal", talvez eu tivesse decidido voltar. Mas não me vejo nisso.
Como brasileiro, eu achei que a melhor coisa seria tirar vantagem do sistema americano e fazer com que a coisa funcionasse aqui. Uma coisa que eu faço para estar sempre em comunicação com o Brasil é justamente trazer estudantes brasileiros para o meu grupo. Eu tento manter no laboratório 50% de estudantes brasileiros e 50% de outros países.
Pesquisadores que trabalham com células-tronco reclamam muito das grandes revistas científicas e até já fizeram um manifesto contra a formação de "panelinhas" -revisores que dificultam a publicação de estudos dos que não pertencem ao grupo. Você acha que o sistema precisa mudar?
Eu acho que existe hoje, sim, um pouco de viés nessas publicações. Algumas revistas, principalmente as de alto impacto, acabam se baseando muito só na opinião de alguns pesquisadores. O que eu acho ideal seria alguma coisa parecida com o que se faz hoje na matemática e na física. A ideia é a de colocar o seu trabalho aberto na internet assim que ele estiver pronto. Dessa forma, pesquisadores do mundo todo terão acesso à sua pesquisa e poderão avaliá-la.


*Fora dos trabalhos em biomedicina, o que vão fazer no campo da ciência básica? Ainda estão pensando em trabalhar com macacos?

Um interesse bem básico que eu tenho é o de entender como e por que o cérebro humano é diferente dos outros. A gente tem a capacidade que nenhum outro animal tem, que é a da teoria da mente. A teoria da mente, explicando de uma forma bem leiga, é o fato de você conseguir se colocar na mente de uma outra pessoa e entender que tipo de coisa ela pode estar sentindo ou pensando em determinada situação.

Nenhum outro animal demonstrou ter essa capacidade. Isso deve ter surgido como um fator-chave para a nossa organização social. Bem, tudo isso surge, em última instância, das células embrionárias que acabam se desenvolvendo e formando um sistema nervoso. Dentro disso, tem duas áreas básicas que eu busco entender.
Uma área é o desenvolvimento neural do cérebro, comparando os humanos com o cérebro dos nossos "primos", como o chimpanzé e o bonobo. A gente derivou células iPS de humanos e de macacos, e a gente está instruindo essas células a formar um sistema nervoso em cultura, para acompanhar passo a passo quais são as similaridades e quais são as diferenças entre humanos e outros primatas.

O que a gente tem visto são coisas bem inesperadas, que devem revelar bastante coisa e até render ideias novas sobre aspectos do autismo e de algumas outras doenças.

A outra linha tem a ver com os retroelementos, os "genes saltadores" [que fazem cópias de si mesmos ao longo do DNA]. Ninguém questiona que nosso genoma tem toda a informação capaz de gerar um cérebro, da mesma forma que os outros primatas também conseguem gerar o cérebro a partir do genoma que eles têm. A questão é: como formar um cérebro inteligente e criativo?
Deve ter algum outro fator ali no cérebro humano que contribui para essa criatividade. O que a gente acabou postulando é que esse DNA-lixo, que aparentemente não tem nenhuma função, mas que abriga os genes saltadores, poderia estar envolvido na geração dessa diversidade neural, ao modificar o genoma original das células.

A gente não entende esse processo como sendo uma coisa essencial para a formação do cérebro, mas ele seria um "tempero" nessa criatividade que a gente tem, essa individualidade humana.
Será possível realizar um experimento com macacos que os faça adquirir esses genes saltadores dos humanos?
A gente pensa nisso, e isso é uma coisa que vai ter que ser discutida com a sociedade. Isso vai ter que passar por comitês de ética em pesquisa, porque a gente quer realmente partir por aí.
Pode ser que você comece a criar essas redes neurais mais sofisticadas no cérebro de macaco. E aí ele poderia começar a ter consciência. A partir desse momento, será que ele não se torna um ser "humanizado"? E, caso se torne, ele passaria a ter os mesmos direitos que as pessoas? Se a resposta for sim, ele não poderia ser cobaia.
Eu não tenho as respostas para isso, mas em algum momento a ciência vai começar a chegar a esse ponto e isso vai ter que ser discutido. Eu antecipo esse tipo de discussão, mas não tenho uma resposta para isso. Não sei se é certo ou errado.

Gripe A:

OMS anuncia casos de narcolepsia associados a vacina em pelo menos 12 países

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou hoje que pelo menos 12 países registaram casos de narcolepsia em crianças e adolescentes que previamente tinham sido vacinados contra a gripe A.

O Comité Consultivo Mundial da Segurança de Vacinas da OMS publicou um comunicado no qual precisa que "desde Agosto de 2010 e depois de vacinações maciças contra o vírus da gripe A (H1N1) em 2009, se detectaram casos de narcolepsia em crianças e adolescentes em pelo menos 12 países".

O grupo sublinhou que é necessária "mais investigação" para determinar a relação exacta entre os casos de narcolepsia e a vacinação contra a gripe, tanto com a vacina Pandermix ou com outra.
A narcolepsia é um estado patológico que produz acessos irresistíveis de sono em qualquer momento.

O estudo completo e definitivo sobre a relação entre a narcolepsia e esta vacina será divulgado a 31 de Agosto.
Na semana passada, a OMS anunciou que estava a investigar um aumento de casos de narcolepsia na Finlândia que podia estar relacionado com a vacina Pandermix do fabricante Glaxo, dado que todos os afectados pareciam ter sido imunizados com o mesmo produto.
O governo da Finlândia informou que tinha identificado casos de narcolepsia entre vacinados contra a gripe A (H1N1) com idades entre quatro e 19 anos.

Em Helsínquia, o Instituto de Saúde e Bem-estar da Finlândia (THL) publicou um estudo segundo o qual a vacina contra a gripe A (H1N1) Pandermix, fabricada pela companhia farmacêutica GlaxoSmithKline, multiplica o risco de contrair narcolepsia infantil.
Segundo aquele estudo, entre 2009 e 2010 foram diagnosticados 60 casos de narcolepsia em crianças e adolescentes finlandeses com idades entre os quatro e os 19 anos, dos quais 52 (quase 90 por cento) tinham sido vacinados com Pandermix.
O fenómeno levou as autoridades sanitárias finlandesas a interromper a utilização desta vacina de forma preventiva até determinar os eventuais efeitos secundários.
A OMS doou 36 milhões de doses de Pandermix a 18 países em desenvolvimento, incluindo três da América Latina, mas até ao momento não houve notícias de quaisquer casos de narcolepsia.
Os 18 países são: Arménia, Azerbeijão, Bangladesh, Bolívia, Burkina Faso, Cuba, Coreia do Norte, El Salvador, Etiópia, Gana, Namíbia, Filipinas, Tajaquistão, Togo, Ruanda, Quénia, Mongólia e Senegal.