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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

AUTISMO

O autismo é uma alteração cerebral, uma desordem que compromete o desenvolvimento psiconeurológico e afeta a capacidade da pessoa se comunicar, compreender e falar, afeta seu convivio social.

O autismo infantil é um transtorno do desenvolvimento que manifesta-se antes dos 3 anos de idade, e é mais comum em meninos que em meninas e não necessariamente é acompanhado de retardo mental pois existem casos de crianças que apresentam inteligência e fala intactas.

Existe também o Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID) que difere do autismo infantil por evidenciar-se somente depois dos 3 anos de idade, referir-se a um desenvolvimento anormal e prejudicado e não preencher todos os critério de diagnóstico. O autismo atípico surge mais freqüentemente em indivíduos com deficiência mental profunda e em indivíduos com um grave transtorno específico do desenvolvimento da recepção da linguagem.
Por ainda não ter uma causa específica definida, é chamado de Síndrome (=conjunto de sintomas) e como em qualquer síndrome o grau de comprometimento pode variar do mais severo ao mais brando e atinge todas as classe sociais, em todo o mundo.
Leo Karnner foi o primeiro a classificar o autismo em 1943, logo após em 1944 Hans Asperger pesquisou e classificou a Síndrome de Asperger, um dos espectros mais conhecidos do Autismo.

HISTÓRIA - CONCEITO DO AUTISMO

Leo Kanner ( Psiquiatra austríaco radicado nos Estados Unidos. Nascido em 13 de junho de 1894, em Klekotow, Áustria e falecido em 4 de abril de 1981 ) e m 1943 publicou a obra que associou seu nome ao autismo "Autistic disturbances of affective contact", na revsta Nervous Children, número 2, páginas 217-250. Nela estudou e descreveu a condição de 11 crianças consideradas especiais, que tinham em comum "um isolamento extremo desde o início da vida e um desejo obsessivo pela preservação da rotina", denominando-as de "autistas".
Já existiram muitos questionamentos e hipoteses sobre origem do autismo. Uma delas era de que os pais poderiam ser culpados pelo extremo isom=lamento da criança, Então 1969 durante a primeira assembelia da National Society for Autistic Children (hoje Autism Society of America - ASA) , Leo Kanner absolve publicamente os pais de serem a causa do desenvolvimento da sindrome autistica em seus filhos. Ele continuou a ocupar-se de crianças com autismo por muito tempo, por isso voltou a sua primeira hipotese de que o autismo é um disturbio inato do desenvolvimento.
Em 1972 nos Estados Unidos é reconhecido o programa TEACCH – The Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children ( em português: Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits Relacionados com a Comunicação) criado por Eric Schopler Professor de psicologia e diretor desse programa da Universidade da Carolina do Norte até 1994. Um dos pontos principais desse método é a colaboração entre equipe educadora e a família.
A partir de 1980 com a 3ª edicão do Manual Diagnóstico e Estatístico (DSM III) é introduzido o capitulo dedicado a Distúrbio Generalizado do Desenvolvimento no qual o autismo passa a estar.

SINTOMAS COMUNS

Conforme - ASA ( Autism Society of American). A maioria dos sintomas está presente nos primeiros anos de vida da criança variando em intensidade de mais severo a mais brando.

1. Dificuldade de relacionamento com outras crianças
2. Riso inapropriado
3. Pouco ou nenhum contato visual
4. Não quer ser tocado
5. Isolamento; modos arredios
6. Gira objetos
7. Cheira ou lambe os brinquedos, Inapropriada fixação em objetos
8. Perceptível hiperatividade ou extrema inatividade
9. Ausência de resposta aos métodos normais de ensino
10. Aparente insensibilidade à dor
11. Acessos de raiva - demonstra extrema aflição sem razão aparente
12. Procedimento com poses bizarras (fixar objeto ficando de cócoras; colocar-se de pé numa perna só; impedir a passagem por uma porta, somente liberando-a após tocar de uma determina maneira os alisares)
13. Ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal)
14. Insistência em repetição, resistência à mudança de rotina
15. Age como se estivesse surdo
16. Dificuldade de comunicação em expressar necessidades - usa gesticular e apontar no lugar de palavras
17. Não tem real noção do perigo
18. Irregular habilidade motora - pode não querer chutar uma bola, mas pode arrumar blocos

COMPORTAMENTOS DO INDIVÍDUO COM AUTISMO

(Segundo a ASA)

USA AS PESSOAS COMO FERRAMENTAS


RESISTE A MUDANÇAS DE ROTINA


NÃO SE MISTURA COM OUTRAS CRIANÇAS


APEGO NÃO APROPRIADO A OBJETOS

NÃO MANTÉM CONTATO VISUAL


AGE COMO SE FOSSE SURDO


RESISTE AO APRENDIZADO


NÃO DEMONSTRA MEDO DE PERIGOS

RISOS E MOVIMENTOS NÃO APROPRIADOS


RESISTE AO CONTATO FÍSICO


ACENTUADA HIPERATIVIDADE FÍSICA


GIRA OBJETOS DE MANEIRA BIZARRA E PECULIAR

ÀS VEZES É AGRESSIVO E DESTRUTIVO


MODO E COMPORTAMENTO INDIFERENTE E ARREDIO

ALGUNS ESPECTROS DO AUTISMO

Ao conjunto de determinadas variações, chamamos de Espectro do Autismo, pois somam-se as características autísticas, outras específicas de cada grupo de outros sintomas.
Distúrbio Abrangente do Desenvolvimento

CAUSAS DO AUTISMO

A causa específica, ainda é desconhecida mais há várias suspeitas de que pode compreender alguns desses fatores:
Influência Genética
Vírus
Toxinas e poluição.
desordenes metabólicos
Intolerância inmunologica
Infecções virais e grandes doses de antibioticos nos primeiros 3 anos.

SOBRE METAIS PESADOS - Uma das possíveis causas

Os seres vivos necessitam de pequenas quantidades de alguns desses metais, incluindo cobalto, cobre, manganês, molibdênio, vanádio, estrôncio, e zinco, para a realização de funções vitais no organismo. Porém níveis excessivos desses elementos podem ser extremamente tóxicos. Outros metais pesados como o chumbo e cádmio e o mercúrio já citado antes, não possuem nenhuma função dentro dos organismos e a sua acumulação pode provocar graves doenças, sobretudo nos mamíferos.

Quando lançados como resíduos industriais, na água, no solo ou no ar, esses elementos podem ser absorvidos pelos vegetais e animais das proximidades, provocando graves intoxicações ao longo da cadeia alimentar.
A ingestão, inalação ou absorção pela pele, de metais pesados ou substâncias que componham o mesmo, pode resultar em situações como o autismo, atraso mental, doenças, cansaço ou o sindroma do Golfo.

Porém ainda que sendo apenas uma hipotése , ela não deixa de ter boas bases científicas e hoje os laboratórios começam a abandonar o uso do mercúrio como conservante, em parte devido à pressão da opinião pública.
Mesmo que esse seja o motivo para o autismo não é o único. Existem diversas substâncias que estamos a acostumados de certo modo e algumas nos são impostas no convívio social como tabaco, poluição (sobretudo os gases de escape dos automóveis e fábricas), álcool, vemos que estamos vivendo num mundo demasiado poluído e que pode agravar toda esta situação.
A Medicina Alternatica Complementar (CAM), portanto, pode ajudar pessoas com autismo. Ao verificar qual foi o dano causado no organismo (seja no sistema imunológico, alérgias ou outros problemas) e trabalhar na busca de uma solução, existem dietas, tratamentos farmacológicos e terapias que em conjunto podem auxiliar a solucionar ou amenizar situações graves. E todo e qualquer tratamento iniciado precocemente terá melhores resultados.

Medicina Ortomolecular/Biomolecular

Quelação de Metais Tóxicos e Autismo

Quelação


(Ou desintoxicação de metais pesados) Trata-se de uma terapia simples e utilizada há vários anos com muito sucesso por milhares de famílias nos Estados Unidos e Europa. Consiste num protocolo de administração de agentes queladores, produtos capazes de se agregarem a minerais tóxicos e excretá-los do organismo através das fezes e urina.

Autismo x Mercúrio

A terapia de quelação tem demonstrado excelentes resultados em indivíduos autistas. Já é sabido que os autistas tem uma predisposição para reter mercúrio no organismo provocando sérios danos principalmente ao sistema nervoso central. O mercúrio é a segunda substância mais tóxica do planeta, e tem por característica se instalar no cérebro. Daí a importância de se desintoxicar o organismo. A terapia dura em média de 6 meses a 2 anos, dependendo da quantidade de mercúrio acumulado no cérebro.

Agentes Queladores

E consiste basicamente na administração de agentes queladores como ALA (alpha lipoic acid) que é um antioxidante e/ou DMSA (dimercapto succinic acid). Muitos pais decidiram por não utilizar o DMSA devido ao risco de danos ao fígado. Nos EUA o ALA é vendido sem receita médica, podendo ser adquirido em supermercados, lojas de vitaminas e farmácias. Já o DMSA é de uso controlado e necessita de receita médica para ser adquirido.

Thimerosal x Vacinas

Já é sabido que os autistas são mais sensíveis a certos agentes tóxicos do que outras, em especial ao mercúrio, utilizado em vacinas infantis sob a forma de Thimerosal que é usado como conservante em vacinas múltiplas (mais de uma vacina num mesmo frasco), vacinas multidose (várias doses extraídas de um mesmo frasco), vacinas para gripe, sprays nasais, etc. Nos Estados Unidos, desde 2001 está proibida a produção de vacinas contendo Thimerosal como conservante.

Quelação no Brasil

No Brasil, esta terapia ainda é nova, enquanto que em outros países já é utilizada com muito sucesso já há alguns anos. Os profissionais indicados para acompanhamento seriam os chamados médicos ortomoleculares, porém não conhecemos no Brasil profissionais desta especialidade que sigam os protocolos DAN (DAN Protocol) e Protocolo Andy (Andy Protocol) amplamente utilizados nos Estados Unidos.

Exames

A partir da realização de exames como o mineralograma (feito com amostras de fios de cabelo) e outros de sangue e fezes pode-se fazer a contagem do nível dos minerais, essenciais, etc. presentes no organismo. E com isso determinar a necessidade ou não de agentes queladores e/ou compostos vitamínicos específicos. É recomendado o acompanhamento médico para verificar o progresso na desintoxicação, o que normalmente consista na realização de exames de fezes e urina para detectar o que (minerais tóxicos) e quanto está sendo excretado.

Nos Estados Unidos

O tratamento está sendo amplamente utilizado nos EUA com muito sucesso. Crianças autistas tem apresentado melhoras significativas no seu quadro geral, muitas delas, inclusive, voltando a falar e recuperando outras habilidades relacionadas ao desenvolvimento, chegando até mesmo a deixarem de ser "rotuladas" com autistas.

Nota:

As informações aqui constantes não representam aconselhamento médico, refletem única e exclusivamente a opinião do autor. Para esclarecer suas dúvidas ou recomendar tratamento, sugerimos que procure um profissional.

http://www.autistas.org/


IMPORTANTE

• Procure o seu médico para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.

•As informações disponíveis no site da Dra. Shirley de Campos possuem apenas caráter educativo.

Autismo

Vendo todo material sobre autismo vejo e me identifico demais com o amor que nós pais de crianças duas “vezes especial” sentem e trabalham sua mais sublime paciência.



Assim como qual quer outra criança considerada “normal” o autista é capaz de ensinar cada dia que o amor é o tempero mais saboroso de se sentir. Mesmo elas sendo privilegiadas por terem um mundo só delas um mundo interior muito maior que o mundo exterior, um mundo muito particular. Mesmo assim podemos trazer pra nossa realidade por alguns instantes mais não é tarefa fácil, pra conseguir esse feito passaremos juntos por algumas dificuldades e obstáculos mais a única palavra que define e facilita esse feito é AMOR.


Ser amor a qual quer hora, ser amor de corpo inteiro!


É amar o desconhecido!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Estudo que vinculava autismo e vacina tríplice foi "falsificação elaborada"

6 de Jan de 2011

PARIS — Um estudo de 1998 que semeou pânico no mundo anglo-saxão ao vincular o autismo infantil à vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) foi uma "falsificação elaborada", assinala nesta quinta-feira o British Medical Journal (BMJ).
A revista médica britânica The Lancet se retratou formalmente, em fevereiro de 2010, sobre esta investigação e decidiu retirar o artigo publicado, o que provocou uma queda da vacinação com a tríplice na Grã-Bretanha.
The Lancet havia reconhecido já em 2004 que não devia ter publicado o estudo dirigido pelo dr. Andrew Wakefield, que fazia temer um possível vínculo entre a vacina tríplice viral e o autismo, e que provocou uma grande controvérsia na Grã-Bretanha.
Várias investigações (britânica, canadense, americana), publicadas depois do controvertido estudo, que só levou em conta uma amostragem de 12 crianças, não encontrou qualquer correlação entre o aparecimento do autismo e a vacina tríplice.


De fato, o principal autor do estudo, que criou pânico ao publicar seu estudo na prestigiosa revista médica, foi acusado de irregularidades e de ter levado adiante uma pesquisa sem respeitar a ética médica.
The Lancet, ao retratar-se do artigo, acatou uma decisão do General Medical Council (Conselho Geral de Medicina) britânico, segundo o qual alguns elementos do artigo de 1998 de Wakefield e seus coautores eram inexatos e seus métodos de pesquisa pouco éticos.
Em março passado, a justiça americana rejeitou qualquer vínculo entre a tríplice vacina administrada em William Mead quando era bebê e os sintomas de autismo que se desenvolveram mais tarde.

Três famílias já viram rejeitadas suas demandas por casos similares.
A atitude de muitos pais, de se negar a vacinar seus filhos contra as infecções infantis, contribuiu para um aumento de casos de sarampo nos Estados Unidos e em alguns países europeus há muitos anos, segundo os serviços americanos de controle e prevenção de doenças.

Centro de análise do comportamento

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Segundo uma pesquisa recente alerta que os portadores do Déficit de atenção correm risco de sofrem demência na velhice

Neurologista brasileiro pede, contudo, que conclusões da pesquisa argentina que propõe relação entre os problemas sejam vistas com cautela

Adultos que sofrem de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) teriam três vezes mais chances de desenvolver uma forma comum de demência na velhice, defende uma pesquisa publicada na edição de janeiro do periódico European Journal of Neurology.
Pesquisadores argentinos confirmaram a relação após analisar o histórico de 360 pacientes com demência degenerativa, 109 com demência com corpos de Lewy (DCL), doença semelhante ao Alzheimer e com sintomas de Parkinson, e 251 com Alzheimer propriamente. Os resultados mostraram que 48% dos pacientes com DCL haviam sofrido transtorno de déficit de atenção e hiperatividade quando jovens. No grupo com Alzheimer, somente 15% tiveram TDAH na idade adulta.
A DCL – segunda causa mais comum de demência na velhice depois do Alzheimer – é um problema neurológico com efeito progressivo e compromete habilidades físicas e mentais. Além disso, pacientes com essa doença podem ter alucinações e problemas de movimento espontâneo, semelhantes aos observados no Parkinson. “DCL ocorre em cerca de 10% dos casos de demência em pessoas idosas. Podemos considerar, porém, que pode haver um subdiagnóstico, já que a doença tem características comuns ao Alzheimer e ao Parkinson”, diz Angel Golimstok, autor da pesquisa.

O TDAH é considerado um dos distúrbios de comportamento mais recorrentes no consultório de psiquiatras que atendem crianças e adolescentes. A doença causa problemas de atenção, além de hiperatividade e impulsividade. “Acreditamos que nosso estudo é o primeiro a examinar e encontrar uma relação clara entre adultos com sintomas de TDAH e DCL”, diz Golimstok.

Sintomas podem confundir — Para o neurologista brasileiro Erasmo Casella, sintomas normalmente confundidos com TDAH, como a distração, podem surgir com a idade ou como sinais iniciais de uma demência. Isso pode levar familiares a deduzir que o paciente tinha o distúrbio na juventude. "Esse tipo de observação sempre deve ser vista com cautela, já que não e fácil um diagnóstico retrospectivo de TDAH em pessoas de idade avançada", afirma.